O trabalho e o peso de nossas escolhas

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Segundo o professor Raj Sisodia, da Universidade de Harvard, cerca de 72% das pessoas não gostam do próprio trabalho. Dentro desta mesma porcentagem, 18% são “ativamente desengajadas” e desejam prejudicar a empresa. 

As doenças cardiovasculares possuem porcentagem de 31% de pessoas acometidas com a mesma, em nível global, sendo uma das maiores mortes dos últimos anos relacionadas ao estresse na vida diária – isto inclui o trabalho. Para o professor, as pesquisas mostram que a maioria dos ataques cardíacos acontecem na manhã de segunda-feira, evidenciando um sinal de que há algo errado. 

Por que isso acontece?

Por que as pessoas aceitam a própria condição, ficando estagnadas no que não gostam? 

Estamos condicionados à rotina e a segurança; nós não procuramos oportunidades diferentes, a não ser que seja necessário. Outro motivo está no fato de não acreditarmos em nós mesmos e em nossos potenciais: Pesquisas demonstram que as mulheres são a grande maioria que se veem vítimas da Síndrome do Impostor. Nesta condição, o indivíduo acredita que suas conquistas não são adequadas ao cargo que exerce, ele se vê constantemente com medo de ser visto como um agente inferior no trabalho, se esquecendo de suas habilidades e de seus verdadeiros propósitos e vontades. Além disso tudo, há o medo do julgamento, as pessoas têm medo de serem elas mesmas. 

Podemos ir um pouco mais fundo, no passado das gerações. Muitas famílias querem que os filhos sejam como eles, não dão a estas vidas particulares o significado do autoconhecimento, muito menos incentivaram os mesmos a isto. Como consequência, vemos futuros pais não realizados em suas carreiras querendo que os filhos realizem os sonhos que eles não realizaram no passado – o ciclo, portanto, se repete durante gerações. 

Esse ciclo tem tido consequências. Dados demonstram que as pessoas estão descobrindo tardiamente sonhos que não sabiam ter, muitas desenvolvendo escolhas que não fizeram lá atrás, por medo e falta de conhecimento. Pessoas que empreendiam há anos resolveram mudar radicalmente a vida, a fim de ter a saúde outrora reservada. 

Vemos o índice de depressão e insatisfação nas empresas, percebemos as doenças físicas e as quedas na qualidade de vida, com pessoas sufocadas pelo Capitalismo que sempre quer mais do que os indivíduos podem dar de si mesmos, já esgotados pela vida a que estão inseridos, e nos perguntamos: O que fazer das escolhas e do medo que carregamos? Como mudar esta realidade?

O primeiro passo é perceber. Como? Os sinais sempre existiram. Aqui vão alguns: 

Você não está mais aprendendo 

Quando foi a última vez que você adquiriu uma nova habilidade, ou aprendeu uma nova forma de aprimorar seu trabalho? Você se vê estagnado em sua área? 

Você não se vê no futuro da empresa

Quando não há uma chance de promoção, as pessoas tendem a ficarem estagnadas. Se não há chances, você precisa se perguntar se essa empresa atende realmente às suas vontades e ideais de evolução. 

Procrastinação

Seu emprego deveria ser recompensador, não algo insuportável. A procrastinação é normal no ser humano, mas passa a ser anormal quando você se vê preso a ela por muitos meses, sem perspectivas de mudança real. 

Você não consegue ser você mesmo 

De repente, você percebe que está em um ambiente que não aceitaria seus ideais ou não se simpatiza com seus propósitos. 

Você tem tido problemas de saúde 

Ataques de pânico e ansiedade não são condições “normais” e, se você começar a experienciar este tipo de situação é um indicativo claro de necessidade de mudança de ares.

Você está pensando em sair 

Realmente se movimente quando tiver um plano. É de extrema importância lidar com esta situação com o máximo de calma e assertividade possível.

Mudar a realidade só começa se buscarmos ajuda para tal. O segundo passo, portanto, são as forças que reunimos para escolher o que realmente queremos. Ter consciência é importante, buscar ajuda dos amigos e se reinventar é também curar o passado e os medos, pois só conseguimos nos libertar quando somos verdadeiramente quem viemos para ser. 

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