4 práticas recomendadas para as empresas se tornarem mais inclusivas

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Entender Marketing Inclusivo é bem simples. Na realidade, o Marketing inclusivo é o próprio Marketing, a diferença está na área de atuação: O foco é mais abrangente, já que promove conteúdo para todos os grupos de pessoas no mundo.  

Quando criamos personas, devemos considerar todos os aspectos da sociedade. No Brasil, por exemplo, temos 60% da população negra. Esse número impressiona quando paramos para pensar no que se faz de fato por esta grande parcela da população, pois é difícil vermos – pelo menos com mais frequência – empresas que engajem mídia para este público, principalmente porque só se lembram deles em feriados e outras datas relacionadas ao mesmo. 

A necessidade de mudança faz-se presente, as empresas queiram ou não. É difícil nos colocarmos no lugar do outro quando possuímos privilégios; costuma-se pensar que a dor do outro é irrelevante e os julgamentos só contribuem para uma cultura de ódio da qual não queremos mais. A sociedade pede por mudança, e cada vez mais as empresas precisarão se adaptar a elas. 

Os dados relacionados à Inclusão demonstram que as Marcas que não engajam público de pessoas não brancas estão ficando para trás – isto não só é ruim para as empresas, mas para o aumento das desigualdades sociais: “(…) Os profissionais de marketing que não conseguem enxergar e lidar com essas realidades diversas correm o sério risco de alienar pessoas não brancas.” (Carberry, 2021).

Vale mencionar que a inclusão é diferente da diversidade. A diversidade tornou-se um termo vazio na maioria das organizações, muitas vezes cumprindo apenas com as cotas de trabalho na empresa, sem pensar de fato na carga histórica e em fatores sociais ao fazerem suas campanhas publicitárias. Por outro lado, a inclusão fala sobre a qualidade da experiência, onde múltiplas perspectivas são escutadas, estudadas e tratadas de forma igualitária. Os profissionais de marketing inclusivo entendem que seu trabalho é considerar o impacto de suas falas, não apenas a intenção.

Um grande exemplo pode ser citado, como o caso do Facebook. Em agosto de 2015, Facebook – numa tentativa de celebrar o sufrágio feminino nos EUA – publicou um gráfico com mulheres de várias origens sociais e uma faixa com os dizeres: “Em 26 de agosto de 1920, as mulheres conseguiram o direito de votar nos EUA”. O que está errado na frase? Tudo. Em 1920, apenas as mulheres brancas conseguiram o direito ao voto. 

Do ponto de vista comercial, cada vez mais o Marketing Inclusivo fará presença, e que bom que isso acontecerá. A reação negativa a conteúdos sexistas, homofóbicos e racistas, por exemplo, só aumenta – e só tende a aumentar. Se a disposição em aprender for sincera, teremos muitas empresas como lugar para as vozes que nunca foram ouvidas. 

Existem quatro práticas muito recomendadas para as empresas conhecerem e implementarem para ampliar seu público de maneira positiva e inclusiva. Aqui vão elas: 

Contratação de uma equipe diversificada 

A Inclusão sobretudo começa de dentro para fora. Uma empresa precisa de perspectivas diferentes para aprender que existem maneiras distintas de se pensar como fazer o trabalho. O ajuste de cultura na empresa, com pessoas com opiniões diferentes, permite que estratégias diferentes de campanhas possam ser realizadas, com o material que cada um pode oferecer. 

Olhar holístico 

Encontrar novos insights e perspectivas pesquisando sobre o público alvo, entrevistando clientes e etc, favorece o uso desses dados para melhorar cada vez mais o que a empresa oferece. Isso demonstra empatia e objetivos de crescimento – tanto da empresa como de quem consome. 

Atenção com as imagens 

Há apenas pessoas brancas, normalmente atléticas e em lugares que não possuem contexto com o Brasil, por exemplo? Se sim, este seria o momento de rever a imagem que a empresa quer passar. Diversificar não é excluir um e colocar outro, mas promover um sentido ao que se coloca nas imagens. Pessoas reais, com deficiências ou fora do padrão corporal são exemplos de que os indivíduos não são todos iguais, exemplos importantes para a promoção de um conteúdo real e mais humano para a empresa.   

Copywriting inclusivo 

Mantenha a linguagem e a escrita simplistas, sem assumir conhecimento. Ter cuidado com referências culturais também é importante, além de metáforas que possam confundir ou até mesmo insultar o público. Humor nas postagens também precisa ser revisto sempre, para que não haja complicações desnecessárias. 

Quais são os próximos passos, além do já exposto aqui? Abertura para o novo, porque ele sempre vem. Capacidade para enxergar o próximo e unir-se à dor dele. Perceber o mundo.  As empresas nunca mais serão as mesmas, nos atentemos a isso. Faz-se urgente, portanto, que os profissionais de Marketing possuam um olhar humanizado, com mais conhecimento interpessoal e pensamento progressista, sem que, para isso, precise ser uma pessoa política, mas ativa como ser humano. 

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